EXPRESSIONISMO
A BELA ARTE DO SENTIMENTO
De 1905 a 1930
Por Danielle Spada
A partir de 1905, o expressionismo desenvolveu-se quase simultaneamente em países diversos. O alemão, em especial, caracterizado por cores intensas e simbólicas e imagens exageradas, tendia a abordar os aspectos mais sombrios e sinistros da alma humana.
Os fauvistas, mesmo em seus momentos mais desenfreados, conservavam um sentido de harmonia e projeto, mas a Brücke abandonou tal freio. Seus integrantes usavam imagens da cidade moderna para comunicar com figuras e tons distorcidos a idéia de um mundo hostil e alienante.
Die Brucke - A Ponte
"De onde nós queríamos nos afastar, nos era claro; aonde nós iríamos chegar, estava porém pouco definido."
Karl Schmidt-Rottluft, um dos fundadores do grupo Die Brücke, definiu certa vez as intenções da associação de jovens artistas surgida em Dresden no início do século passado.
Uma ponte para o futuro
Era nessa premissa que seus membros acreditavam para desenvolver sua arte.
Membros:
•Ernst-Ludwig Kirchner,
•Karl Schmidt-Rottluff,
•Fritz Bleyl
•Erich Heckel
•Em 1906, ingressaram nele Emil Nolde e o suíço Cuno Amiet; depois, no mesmo ano, Max Pechstein e o finlandês Axel Gallén. O último a tomar parte foi Otto Müller, em 1910, um pouco antes do grupo mudar suas instalações para Berlim.
A gênese do ato artístico
•Pintura operária;
•A imagem não é imaginada ou criada, ela não é, ela se faz;
•Crítica social e da angústia da condição humana, sendo atormentados por obsessões políticas, religiosas e sexuais.
•É a primeira poética do feio.
•Quadros intensos, angustiantes, com formas distorcidas e cores estridentes.
•Revivescência das artes gráficas, principalmente da Xilogravura.
“Aquele que apresenta suas convicções íntimas como deve e o faz com espontaneidade e sinceridade é um de nós.” Kirchner
Ernst Ludwig Kirchner, 1906 Xilogravura
Um exemplo e exímia gravurista é Kathe Kollwitz, que se concentrava em temas pacíficos e sofrimentos dos pobres no pós-guerra.
Começou seus estudos de arquitetura no verão de 1905, em Dresden. Ali reatou amizade com um amigo de colégio, Erich Heckel, e através dele conheceu Kirchner. Formou-se, nesse mesmo ano, o núcleo dos fundadores do A Ponte/Die Brücke. Nesse momento, Schmidt resolveu acrescentar ao seu nome o de sua cidade natal. Em 1912, o artista mudou sua figuração devido ao contato com o Cubismo, que influenciaria sua obra, através de uma exposição em Colônia.
E. L. KIRCHNER
“ Meu objetivo é sempre expressar a emoção e experimentar as formas amplas e simples e cores claras.” E. L. KIRCHNER
Depois da I guerra Mundial, seu estilo se tornou ainda mais frenético e mórbido, até que , apavorado com a ascensão do Nazismo, ele se suicidou.
Emil Nolde
Emil Nolde (Emil Hansen, 1867 - 1956), que durante breve período esteve ligado à Brücke, era mais intensamente expressionista e, durante grande parte de sua carreira, trabalhou em isolamento. O interesse pela arte primitiva e pela cor sensual levou-o a pintar algumas obras notáveis em que vemos energia dinâmica, ritmos simples e tensão visual.
Erich Heckel
Otto Müller
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